O vereador Jorge William Campos, o Jorginho do Povo (Progressistas), de Nova Olinda do Norte (município do rio Madeira a 134 quilômetros de Manaus) recebe salários por 20 horas semanais de trabalho na Secretaria de Educação do Estado, mais 20 horas na Prefeitura local e mantém contrato de 40 horas semanais em um Centro Especializado em Reabilitação, mantido com recursos federais. Tudo junto com o mandato.
Jorginho do Povo não cumpre os contratos. Para que isso fosse possível ele precisaria trabalhar 16 horas por dia, sem intervalos e ainda comparecer às sessões da Câmara. Ele não é visto em sala de aula nem nas escolas estaduais, muito menos nas municipais. Também não se tem notícia de que dê expediente no Centro de Reabilitação.
Mas não é apenas ele quem recebe sem trabalhar. Familiares e amigos do vereador reproduzem o comportamento. A amiga Ana Lucia Rodrigues da Cunha também acumula 80 horas semanais de trabalho na própria Pestalozzi e na Prefeitura local, onde é lotada como professora; Deuzemar lemos Martins idem; Kelly Correa dos Santos é assistente social na Pestalozzi e na Prefeitura, também com carga de 80 horas semanais; Márcia Fabiana Biazze Campos, sobrinha do vereador, é nutricionista é outra super-mulher que cumpre 80 horas de trabalho na Pestalozzi e na Prefeitura.
Segundo denúncias, um auxiliar do vereador de nome Jairo recebe como funcionário da Pestalozzi, é contratado com carga horária de 40 horas pela Pestalozzi, mas mora em Manaus. Já Cristinho Marciel de Araújo, contratado como motorista da Pestalozzi, na verdade trabalha em uma empresa privada.
Jorginho do Povo controla a Coordenação da Secretaria de Estado da Educação no município, aonde instalou parentes. Por isso consegue a proeza de continuar recebendo sem receber.
Ele não se manifestou sobre as denúncias. A Prefeitura também não quis se pronunciar.
*Com informações do Blog do Hiel Levy