Após chamar o deputado federal Alberto Neto de “Judas”, Coronel Menezes, agora, criticou Alfredo Nascimento, presidente do Partido Liberal no Amazonas (PL), durante entrevista a uma emissora local, pela condução da sigla no estado.
A crítica foi justamente referente à disputa pela Prefeitura de Manaus – fato que vem causando um desconforto dentro do partido, pois Menezes se intitula o pré-candidato apoiado pelo ex-presidente Bolsonaro e está se sentindo ameaçado por Alberto Neto, que também já demonstrou que tem interesse em disputar o pleito, inclusive, vem ganhando apoio da direita em Manaus.
Para Menezes, Alfredo deveria reunir todos os membros do partido para decidir, de fato, o nome para entrar na disputa pela prefeitura.
“Alfredo sabe que Alberto quer ser candidato, senão quisesse, não tomaria as ações que tomou, mas tudo bem. Ele já deve ter chegado para ele e falado lá atrás. Ele sabe, também, que eu seria a lei natural, eu não sei se o deputado Péricles ou a Debora querem ser, eu só sei que o Cabo Maciel deve ser lá por Itacoatiara. Então, na minha opinião, o Alfredo deveria chamar eu, Débora e Alberto para conversar e decidir, mas ele nunca fez isso”, afirma o coronel.
O fato dessa má administração do PL, segundo ele, vem causando as discordâncias dentro do partido. Pode-se tomar como exemplo a briga com Alberto Neto, que, eventualmente, tornou-se pública e tomou proporções enormes.
Tal conflito chegou ao presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto, o qual determinou que o diretório municipal do partido abrisse processo ético-disciplinar contra Menezes após chamar Alberto Net de “Judas”, por ele ter sido o único deputado da bancada amazonense a votar contra a reforma tributária – o que assegurou a competitividade jurídica da Zona Franca de Manaus (ZFM).
Por conta disso, Menezes caracterizou o deputado como traidor, pois votou contra os amazonenses, já que a reforma não colocou em risco o modelo econômico amazonense.
Entretanto, na avaliação de bolsonaristas amazonenses, o “traidor” seria Menezes, que depois de afirmar que é a favor da reforma tributária, vem sendo chamado de “vira-casaca”, pois a ordem de Bolsonaro era votar contra o projeto – o que Alberto Neto fez, seguindo a ordens do ex-presidente, após uma reunião com vários deputados do PL. Menezes também participou da mesma reunião.
O militar da reserva ressaltou que, mesmo sem mandato, fez intervenções necessárias quando foi superintendente da Suframa e continuou fazendo depois que deixou o comando da autarquia.
“Acompanhei inúmeras reuniões, com os técnicos e até mesmos algumas discussões em Brasília sobre a reforma tributária. Ao contrário de muitos políticos que têm duas caras, eu me posiciono e se voltar atrás, sou o primeiro a dizer. Não preciso que falem por mim”, afirmou.
Via AM1
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