A cheia dos rios no Amazonas já afeta diretamente mais de 425 mil pessoas em todo o estado. De acordo com boletim divulgado neste domingo (15/06) pelo Governo do Amazonas, por meio do Comitê Permanente de Enfrentamento a Eventos Climáticos e Ambientais, 106.464 famílias foram impactadas. O informativo traz dados atualizados sobre a situação dos municípios, ações humanitárias e medidas nas áreas de saúde, educação e infraestrutura.
As nove calhas de rios do Amazonas seguem em processo de cheia, com picos previstos entre os meses de março e julho. Segundo os decretos municipais, 36 dos 62 municípios estão atualmente em Situação de Emergência, enquanto outros 22 estão em Alerta, um em Atenção e apenas três mantêm estado de Normalidade.
Assistência humanitária
Como parte da Operação Cheia 2025, iniciada em abril, o governo estadual já enviou ajuda humanitária significativa. Foram distribuídas 290 toneladas de cestas básicas, 800 caixas d’água de 500 litros, 57 mil copos de água potável, além de 10 kits purificadores do programa Água Boa e uma Estação de Tratamento Móvel (Etam). As ações beneficiaram, até agora, os municípios de Manicoré, Apuí, Humaitá, Borba, Boca do Acre e Novo Aripuanã.
Educação: Aula em Casa
A Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar informou que 443 alunos foram impactados pela cheia em quatro municípios: Anamã, Itacoatiara, Novo Aripuanã e Uarini. Todos seguem com o calendário escolar por meio do programa “Aula em Casa”, que garante a continuidade das atividades pedagógicas em meio às dificuldades de deslocamento e acesso às escolas.
Saúde: Atendimento móvel e reforço hospitalar
Na área da saúde, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) deslocou uma embarcação adaptada como hospital flutuante para o município de Anamã, que está entre os mais afetados. O Barco Hospital São João XXIII também presta apoio médico na região.
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Além disso, foram enviados 72 kits de medicamentos para sete municípios (Apuí, Boca do Acre, Manicoré, Humaitá, Ipixuna, Guajará e Novo Aripuanã), beneficiando mais de 35 mil moradores. A infraestrutura hospitalar também foi reforçada: em Manicoré, uma nova usina de oxigênio com capacidade de 30 m³/h substituiu a antiga, que produzia apenas 12 m³/h. Em Apuí, seis cilindros de oxigênio foram enviados como reserva de segurança, além de medicamentos e insumos hospitalares.
Monitoramento contínuo
A Defesa Civil do Amazonas mantém monitoramento contínuo da situação por meio do Centro de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil, que acompanha os níveis dos rios ao longo de todo o ano. O órgão alerta que as condições podem variar, com diferentes picos de cheia previstos para as regiões do estado.
A Operação Cheia 2025 segue ativa, com a mobilização de recursos e equipes para mitigar os impactos da cheia e prestar assistência às populações afetadas.
