Close Menu
RDA · Redação AmazôniaRDA · Redação Amazônia
    Facebook Instagram
    Facebook Instagram
    RDA · Redação AmazôniaRDA · Redação Amazônia
    • Manaus
    • Amazonas
    • Brasil
    • Amazônia
    • Apoie o RDA
    RDA · Redação AmazôniaRDA · Redação Amazônia
    Home»Amazonas»Nova medicina do cuidado ganha força no Amazonas
    No Amazonas, a médica Lorena Praia busca difundir cada vez mais esse modelo que prioriza a escuta e o atendimento individualizado
    Amazonas

    Nova medicina do cuidado ganha força no Amazonas

    5 de julho de 2025
    WhatsApp Facebook Twitter Telegram LinkedIn Email

    Em um cenário de consultas apressadas e diagnósticos padronizados, uma nova geração de profissionais tem buscado resgatar um valor antigo — o cuidado. E não se trata apenas de gentileza ou acolhimento, mas de uma prática clínica rigorosa, atenta e profundamente humana, que vem ganhando cada vez mais espaço nas áreas da clínica médica e dos cuidados paliativos. No Amazonas, a médica Lorena Praia busca difundir cada vez mais esse modelo que prioriza a escuta e o atendimento individualizado.

    “Cuidar é ouvir de verdade. É perceber que, por trás dos sintomas, existe uma pessoa com história, medos e prioridades. Às vezes, só isso já muda completamente o desfecho”, afirma Lorena, que une em sua formação as especialidades de clínica médica e cuidados paliativos. Lorena representa um perfil de médico que investiga com profundidade, valoriza a experiência do paciente e aposta em abordagens personalizadas para amenizar dores físicas e emocionais — inclusive antes de um diagnóstico fechado.

    @kleiton.renzo

    Esse olhar mais atento e empático é especialmente decisivo nos casos em que o paciente já passou por diversos profissionais sem obter respostas claras. “Muitas pessoas convivem com sintomas crônicos sem diagnóstico preciso. Na clínica médica, com uma escuta ativa e raciocínio clínico bem estruturado, conseguimos encontrar pistas que foram negligenciadas. Isso reduz a frustração e melhora a qualidade de vida”, explica.

    Já nos cuidados paliativos, Lorena atua com pacientes que enfrentam doenças graves, como câncer, Alzheimer ou insuficiências orgânicas avançadas. Aqui, o foco não é apenas tratar a doença, mas proporcionar dignidade e bem-estar em qualquer estágio. “Existe uma ideia equivocada de que cuidados paliativos são apenas para o fim da vida. Hoje, sabemos que eles devem começar junto com o diagnóstico, especialmente em casos de doenças complexas ou incuráveis. Isso muda a trajetória do paciente desde o início”, diz.

    Inspirada por vivências na UTI, na oncologia e em comunidades da Amazônia, Lorena construiu um modelo próprio de atuação que respeita a história, a cultura e a vivência dos pacientes. “A medicina não pode ignorar a cultura, o território e o cotidiano do paciente. Às vezes, devolver a possibilidade de tomar um chá à noite, com segurança, é mais eficaz do que um novo comprimido”, conta, citando um caso em que reavaliou o uso de fitoterápicos de uma paciente hepática com base em artigos científicos.

    Seu símbolo de trabalho, inclusive, reflete essa visão: a casca da tartaruga, que representa proteção, sabedoria e ancestralidade amazônica. “Cuidar é proteger, acompanhar, dar tempo ao tempo. É o que a medicina precisa resgatar”, afirma.

    No Brasil, esse movimento já começa a ganhar respaldo institucional. A Política Nacional de Cuidados Paliativos, lançada recentemente, prevê a expansão desses serviços no SUS. E, em estados como a Bahia, já há hospitais 100% voltados a essa prática. No entanto, a realidade ainda é desigual — e a Região Norte carece de especialistas e estrutura. “Precisamos divulgar, formar e estruturar. As pessoas têm direito a um cuidado digno, onde quer que estejam”, defende Lorena.

    A médica tem buscado dar visibilidade aos cuidados paliativos na Região Norte, onde o acesso à medicina especializada é ainda mais limitado. “Estar longe dos centros urbanos não pode ser sinônimo de abandono. Todos merecem cuidado, escuta e dignidade, independente da geografia.”

    Para ela, o Brasil ainda precisa avançar muito. “Somos um dos países onde mais se sofre na hora de morrer. Precisamos discutir a morte com a mesma naturalidade com que falamos do nascimento. E, acima de tudo, garantir dignidade nesse processo.”

    Mais do que uma tendência, a medicina do cuidado representa uma mudança de lógica: menos automatismo, mais presença; menos protocolo, mais escuta. E, nesse processo, profissionais como Lorena Praia têm se tornado ponte entre uma medicina tecnológica e uma medicina verdadeiramente humana.

    Siga o editor do RDA

    Mais notícias

    Etapa Norte do Powerlifting reúne atletas amazonenses rumo ao Mundial

    Organizações sociais propõem plano para investimentos na Amazônia

    Prazo para isenção de taxa no CNU dos Professores termina nesta sexta

    Redação Amazônia
    Hostinger
    Apoie o RDA
    ARQUIVO
    RDA · Redação Amazônia
    Facebook Instagram
    • Manaus
    • Amazonas
    • Brasil
    • Amazônia
    • Apoie o RDA
    Diretor Executivo: Kleiton Renzo | Política de Privacidade

    Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.