Uma equipe de reportagem da TV Norte Amazonas foi intimidada pelo secretário municipal de Cultura de Iranduba, Moisés Lopes de Souza, durante entrevista com o prefeito Augusto Ferraz (União Brasil) sobre investimentos no lixão do município.
O episódio ocorreu quando o jornalista Clayton Pascarelli, do programa Tá Na Hora Amazonas, questionava o prefeito sobre a aplicação de recursos públicos destinados ao tratamento de resíduos sólidos. Diante das perguntas, Augusto Ferraz demonstrou nervosismo e dificuldade para responder aos questionamentos.
Intimidação e desrespeito à imprensa
Foi então que o secretário de Cultura, Moisés Lopes de Souza reconhecido publicamente como motorista do prefeito, passou a filmar com o celular o cinegrafista que registrava a entrevista, em clara tentativa de intimidação.
A atitude do secretário demonstrou total desrespeito com a equipe jornalística liderada por Clayton Pascarelli e chegou a atrapalhar as imagens da reportagem, comprometendo o trabalho profissional da emissora.
A conduta de Moisés Lopes configura ato de censura e intimidação à liberdade de imprensa, direito fundamental garantido pela Constituição Federal. O comportamento do secretário revela ainda o despreparo da gestão municipal para lidar com questionamentos legítimos sobre a aplicação de recursos públicos.
Motorista nomeado secretário
A nomeação de Moisés Lopes de Souza para o cargo de secretário municipal de Cultura tem gerado questionamentos na população de Iranduba. Conhecido como motorista particular do prefeito, o secretário não possui formação técnica na área cultural, o que levanta dúvidas sobre os critérios utilizados para sua escolha.
O episódio de intimidação reforça a percepção de que o cargo foi utilizado para acomodar aliado político, sem compromisso com a gestão pública responsável ou respeito às instituições democráticas.
Liberdade de imprensa ameaçada
A tentativa de intimidação contra a equipe do jornalista Clayton Pascarelli representa grave ataque à liberdade de imprensa e ao direito da população de ser informada sobre a gestão dos recursos públicos.
Organizações de defesa da liberdade de expressão alertam que atos como este configuram censura indireta e podem caracterizar abuso de autoridade, crime previsto na legislação brasileira.
A imprensa livre e independente exerce papel fundamental na fiscalização do poder público, e tentativas de intimidação não podem ser toleradas em um Estado Democrático de Direito.


