A administração da roda-gigante instalada no Complexo Turístico da Ponta Negra, zona Oeste, está sob responsabilidade da empresa H. M. Diversões LTDA, dona do parque de diversões Nene Park. A informação foi confirmada pela Prefeitura de Manaus, nesta quinta-feira, 20/11.
Em nota, a gestão David Almeida (Avante) afirmou que o equipamento está amparado em processo administrativo, laudos técnicos e no Termo de Cessão de Uso Oneroso assinado com a H. M. Diversões, “empresa existente desde 2011 e autorizada a operar equipamentos de entretenimento no complexo turístico”.
No entanto, enquanto o “Nene Park” é revelado como permissionário, a exploração comercial da roda-gigante vem sendo conduzida por outra empresa aberta nesta semana.

Dados da Receita Federal mostram que a empresa J. P Diversões LTDA, de nome fantasia Wheel Manaus, foi criada na última terça-feira, 18.
O único sócio-administrador é Jean Marcos Praia Rocha, diferente dos sócios da H. M. Diversões – Harley Belarmino de Souza e Maria Gabriela Michael Patino.
Mesmo sem constar no termo de cessão, a Wheel Manaus é quem lançou há dois dias em suas redes sociais a arte publicitária oficial de vendas de ingressos.

Atualmente, a entrada para utilizar o espaço custa R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada), com comercialização por plataforma online. A peça reforça a atuação pública da nova empresa, que, na prática, tem centralizado a comunicação e exploração comercial da atração. Esta segunda empresa não foi citada na nota divulgada pela Prefeitura de Manaus.
Duas empresa, um único endereço
Outro ponto que chama atenção é que as duas empresas utilizam exatamente o mesmo endereço: Avenida Autaz Mirim, nº 6798, no bairro São José Operário, zona Leste, o que indica compartilhamento do mesmo local físico para fins cadastrais e operacionais. O endereço está localizado ao lado do parque de diversões.
Respostas
Em sua nota, a Prefeitura de Manaus afirma ainda que a exploração comercial no complexo está sujeita ao pagamento de outorga onerosa, mecanismo que assegura controle público e remuneração ao município pelo uso econômico da área.
A Prefeitura também diz que cabe ao município “autorizar, vistoriar e exigir” o cumprimento das exigências técnicas e legais, garantindo, segundo ela, a regularidade do funcionamento. A gestão municipal não se manifestou sobre a atuação da Wheel Manaus.
A reportagem também buscou a Wheel a fim de saber qual é o seu papel; por que ambas as empresas estão registradas no mesmo endereço, apesar de possuírem sócios diferentes; e se existe algum vínculo contratual, operacional ou de subcontratação entre as duas companhias. O espaço segue aberto para manifestações.
VIA RIOS DE NOTÍCIAS


