Uma noite de castigo após uma travessura leva um menino de 5 anos a uma viagem de fantasia e descoberta numa terra povoada por criaturas gigantes, na Ópera Bradesco “Onde Vivem os Monstros”. Segunda e última montagem lírica na programação do XX Festival Amazonas de Ópera (FAO), a produção terá oito récitas no Teatro Amazonas, nos dias 27 e 28 de maio, e 3 e 4 de junho, com sessões sempre às 11h e às 17h. Os ingressos estão à venda a partir de R$ 2,50, em valor de meia-entrada.
“Onde vivem os monstros” narra a história de Max, um garoto de 5 anos de idade. Cheio de imaginação, mas muito levado, ele é colocado de castigo em seu quarto após desobedecer à mãe e praticar uma grande travessura. Sozinho, o menino se volta para o seu próprio universo e se transporta para um reino desconhecido. Encantado, Max parte para a terra dos Monstros Selvagens, onde ele é o Rei das criaturas.
Baseada na obra original do autor infantil e ilustrador norte-americano, Maurice Sendak, publicada em 1963, com música do escocês Oliver Knussen e libreto do próprio Sendak, “Onde vivem os monstros” é uma produção original do Theatro São Pedro (TSP), de São Paulo. A ópera fantasia em um ato será apresentada na versão em português, com tradução e adaptação de Henrique Villas Boas e José Inácio Coelho.
Com “Onde Vivem os Monstros”, o Festival acrescenta ao seu acervo uma produção baseada na música contemporânea, como assinala o diretor musical e regente, Marcelo de Jesus. “É interessante para tirar um pouco do ‘medo’ das pessoas da música contemporânea, que muita gente diz que não entende ou que é ‘só barulho’. E é bacana ainda levar isso para as crianças, que não têm preconceito musical”, opina ele.
A primeira semana de ensaios da Amazonas Filarmônica teve à frente Pedro Messias, diretor musical e regente da produção original de São Paulo, e seguiu depois com De Jesus. O tempo e o cuidado no trabalho se deveram à dificuldade extra da obra para os músicos, com uma partitura de difícil leitura, instrumentos tocados de forma incomum e até sons inusitados, como os de bexigas e buzinas. “É uma peça muito complicada de se reger, de tocar e de cantar”, resume De Jesus, também diretor adjunto do FAO.
A despeito disso, a música deve agradar em cheio ao público juvenil, como antecipa o maestro: ”É uma ópera bem intensa, o que é legal para as crianças. Os cantores cantam e conversam com o Max em língua de monstro. Quando cantam, falam em português errado, como crianças também”.
A ópera terá regência de Marcelo de Jesus nas récitas dos dias 27 de maio, sábado, e 3 e 4 de junho, sábado e domingo. No dia 28 de maio, domingo, a condução da Amazonas Filarmônica ficará a cargo do maestro convidado, Pedro Messias.