O presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), Caio André (UB), contratou por meio de dispensa de licitação a empresa ‘Acesso de Ensino, Pesquisa, Avaliação, Seleção e Emprego‘ para tocar o possível concurso público da CMM. O que chama atenção é que a mesma banca foi responsável pelo certame da Secretaria de Educação e Desporto (Seduc) em 2018. Na época, a empresa apresentou irregularidades na aplicação das provas causaram a suspensão temporária do concurso público, após pedido da Defensoria Pública do Amazonas (DPE).
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A contratação da ‘Acesso de Ensino, Pesquisa, Avaliação, Seleção e Emprego‘ foi publicada na sexta-feira, 26, no Diário Oficial da CMM com dispensa de licitação.
Na segunda-feira, 29, a CMM informou que a medida seguiu um parecer da Procuradoria da Casa Legislativa e afirmou que não haverá recursos públicos da CMM empregados na realização do certame para preenchimento de efetivos na instituição.
ENTENDA O CASO SEDUC 2018
O questionamento da DPE-AM foi motivado por uma série de incidentes registrados durante a realização, em 8 de julho, das provas para o preenchimento de vagas do quadro de servidores da Seduc, que contou com inscrições para os cargos de Professor (20 h e 40 h) com diversas especialidades, além de outras funções como administrativo e merendeiros. Durante a aplicação das provas foram identificadas inúmeras irregularidades.
A Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM) argumentou na época que os lotes com os exames para os cargos de Professor Ensino Regular (20 horas) estavam violados. A DPE sustentou ainda que os candidatos aos cargos de merendeiro foram prejudicados pelo instituto, porque não tinham salas disponíveis para a aplicação das provas, ou lista que confirmava a inscrição dos candidatos. Além disso, as provas de alguns participantes do concurso estavam com os nomes trocados.
A CENARIUM pediu esclarecimentos da CMM, por meio de sua assessoria de imprensa, sobre a contratação da empresa envolvidas em irregularidades no único concurso que realizou no Amazonas. A reportagem também questionou sobre a dispensa de licitação e o que motivou a medida. Até o momento não houve retorno.
*Com informações da REVISTA CENARIUM