O deputado federal Amom Mandel (Cidadania) concedeu sua primeira entrevista para a mídia nacional após lançar sua pré-candidatura a prefeito de Manaus. Ao jornal Estadão, no sábado (2/03), Amom disparou ataques contra a Câmara Municipal de Manaus (CMM), chamando a Casa de “submissa”, e também disse que a Câmara dos Deputados tem funcionamento desorganizado e “caótico”.
Amom está no seu segundo cargo político eletivo, foi eleito vereador em 2020, ficou apenas dois anos na função, e assumiu o cargo de deputado federal, após ser eleito em 2022. Agora quer deixar outro mandato pela metade em busca de mais cargo em pouco mais de 4 anos como político.
Na entrevista, Mandel diz que seus colegas do Congresso não o aceitam pela sua condição como autista e também por ser jovem, ela ainda aponta que existe uma grande desorganização no Parlamento Federal.
“Existem muitas dificuldades de relacionamento, especialmente com os deputados da política mais antiga, que não aceitam… não só um jovem, mas um jovem neurodivergente no Congresso Nacional. No entanto, muito mais que debates e relacionamentos, eu aprendi que a maior parte dos deputados do Congresso não influenciam na pauta, na ordem do dia. Hoje em dia, é um processo muito caótico que decide as leis no nosso país”, condena o pré-candidato.
Sobre os ex-colegas de vereança, Amom criticou o que chamou de “submissão” ao prefeito por não conseguir fazer seus pedidos de explicação prosperarem na Câmara Municipal de Manaus. Porém, o deputado não explica quais pedidos foram ignorados e porque não buscou outros meios, já que acreditava ter assuntos pertinentes para questionar a gestão municipal.
Amom ainda afirma na entrevista que já sofre ataques pela sua condição de saúde, sendo alvo de fake news. O deputado explica que o TEA tem diagnósticos distintos para cada pessoa e que no seu caso possui dificuldades para se relacionar, entender ironias e dificuldade na fala, por isso é acompanhado por fonoaudióloga e psicóloga, desde que iniciou sua carreira na política.
“Já espalharam, em redes de desinformação, que eu estava, supostamente, internado em estado grave, e que a minha família estava preocupada com a minha saúde mental e física. Em razão de supostas doenças autoimunes e da questão do autismo. Isso não existe. Não é assim que se faz política”, disse.
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