DO RDA – BRUNO PACHECO
A candidata a prefeita de Anamã, Jessica Conegundes (UB), resolveu apostar no mesmo argumento que garantiu a ela o registro de candidatura nas eleições de 2020. Para a Justiça Eleitoral, Jéssica afirma, novamente, que não tem nenhuma relação de convívio familiar e de união estável com o filho do prefeito de Anamã, Ruan Bastos. Mas, tão somente, um namoro.
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A defesa de Jéssica Conegundes está sendo feita pelo escritório da advogada Maria Benigno, um dos escritórios eleitoralistas mais caros do Amazonas. No argumento utilizado pela defesa de Jéssica, a advogada Maria Benigno afirma que o relacionamento, de mais de 11 anos entre Jéssica e Ruan Bastos, configura somente um namoro sem intenção de constituir família.
O fato contraria as evidências apresentadas pela coligação “Juntos Por um Anamã Melhor”, da candidata a prefeita de Anamã, Kátia Dantas (MDB), que mostrou publicações em redes sociais que indicam um relacionamento afetivo e antigo entre Jéssica, Ruan e a família do prefeito Chico do Belo.
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Contestação
Em sua contestação à Justiça, a defesa de Jéssica Conegundes desqualifica os “prints” apresentados pela coligação de Kátia Dantas e afirma que, o fato de Jéssica ser fotografada com Ruan como namorados “não autoriza a automática conclusão de que semelhante convívio importe em união estável a atrair a inelegibilidade”.
“Nenhuma das imagens captadas na internet comprovam convivência marital, união estável ou intenção de constituir família”, diz trecho da defesa de Jéssica Conengundes.
Ainda no argumento, a defesa de Jéssica afirma que a candidata está sofrendo perseguição como “genuína liderança política feminina”.
“Trata-se, novamente, de censurável tentativa da utilização de um namoro para obstaculizar a natural trajetória de uma genuína liderança política feminina, já reconhecida pelo eleitorado local com a legítima conquista do mandato de vereadora no pleito de 2020”, diz outro trecho do documento.
Testemunhas
A candidata Jéssica Conengundes listou à Justiça Eleitoral cinco testemunhas de moradores de Anamã, que irão confirmar a alegação dela em não ter um relacionamento duradouro e união estável com o filho do prefeito Chico do Belo, mas somente um namoro.
Segundo documento obtido pelo RDA, as testemunhas são Rayan Fernandes de Souza Araújo, Sherlem Ladislau Mota, Susy Ladislau Mota, Valcimar da Silva Pinheiro e Emano Pinheiro Flores.
Inelegibilidade
Ao final, a defesa de Jéssica requer a desconsideração dos elementos apresentados pela coligação de Kátia Dantas e que, após a instrução processual, seja julgada improcedente a impugnação e deferido seu registro de candidatura a prefeita de Anamã.
Veja o documento na íntegra:
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