Um dia após ser alvo do cumprimento de mandados de busca e apreensão, na segunda fase da Operação Sangria, o vice-governador Carlos Almeida (PTB), se manifestou. Em nota, divulgada nesta sexta-feira (9), Almeida afirmou que a situação é constrangedora, porém, ressaltou a importância de esclarecer os fatos.
“Como pessoa pública, tenho ciência do enorme grau de exposição pessoal a que me submeto por conta de meu ora ofício político, portanto compreendo, apesar de pessoalmente constrangedor, o ônus que tal acarreta. Como profissional oriundo de carreira jurídica, sei da necessidade pública de esclarecimentos quanto à conduta dos agentes públicos, em especial, políticos, razão pela qual sou favorável à elucidação dos fatos circunscritos à Operação Sangria”, iniciou Almeida, em nota.
O vice-governador é apontado nas investigações da Procuradoria-Geral da República (MPF) como alguém de grande influência na Secretaria de Estado de Saúde. Essa influência pode ter sido usada para a compra dos 28 respiradores superfaturados, adquiridos para atender pacientes graves da covid-19.
Sobre essas investigações, Carlos Almeida diz que atua há 15 anos na vida pública, sempre trabalhando na correção e defesa de direitos, algo que o levou para a política, e, por conta disso, decidiu se desligar da Casa Civil, por não concordar com os rumos do governo.
“Afirmo que não pratiquei qualquer conduta ilícita, motivo pelo qual fiz questão de esclarecê-las, de pronto e de forma voluntária, na DPF (Superintendência da Polícia Federal), na tarde desta quinta-feira. Ressalto que, apesar do constrangimento e do dano à imagem, entendo o contexto das medidas de busca, razão pela qual colaborei com o procedimento, e desde então, me dispus à contribuição com a Justiça”, encerrou.
