O jornalista e professor Rômulo Araújo apresenta mais uma novidade, desta vez no ramo literário. Já conhecido como incentivador e atuante nas áreas de jornalismo multimídia e professor de comunicação, Rômulo inova ao participar de uma antologia de ficção científica que promete aguçar o imaginário e levar os leitores para outra dimensão. Essa expectativa está presente em seu primeiro conto “O Arauto e o Astro Poeta no Início dos Dias Finais” que integra o livro “O Último Gargalo de Gaia: Distopias, steampunks e dias finais“, da editora Lendari, que estará em lançamento, a partir desta quinta-feira (31/8), na Bienal do Livro do Rio de Janeiro.
Em seu conto, Rômulo embarca no imaginário da ficção científica e fantasia ao retratar um presente e futuro cíclico a partir de uma conversa entre dois seres: um da terra e outro do céu. A história retrata os devaneios de um ser sobre o início do fim neste planeta enquanto aguarda a chegada de um viajante. A narrativa leva o leitor a questionar a própria existência, a origem da vida e a intermitência da morte, além de instigar a razão de viver e o sobrenatural existente entre o céu e a Terra. O autor também usa de palavras, citações de textos e letras musicais para narrar os mistérios do universo.
“Embora não seja minha primeira participação em um livro, estou realmente muito empolgado com minha contribuição para esta que considero uma excelente iniciativa literária. Primeiro pelo assunto, que muito me interessa, sobre um dos grandes mistérios do universo. Segundo pelo desafio de escrever um conto de ficção, baseado em uma experiência pessoal. E, por fim, não posso deixar de citar, pelo cara que está à frente da organização que tem investido muito na área e, sobretudo, descobrindo novos talentos. E quem sabe essa minha participação, não seja um ensaio para algo maior e autoral”, afirmou o jornalista e professor fazendo certo suspense sobre uma próxima obra.
Embora esta seja sua primeira experiência direta no mundo literário, Rômulo Araújo também já participou de uma publicação acadêmica, com um artigo obre “Rádio, Ciência e Educomunicação, presente no livro “Divulgação e Jornalismo Científico em Saúde e Ambiente na Amazônia”, lançado em 2015 pela Fiocruz Amazônia. A pesquisa é fruto de uma de suas especializações e pode ser acessada neste link, a partir da página 109.
O início do fim
“O fim da vida não segue exatamente a receita de seu início”. Em trechos do conto como esse, Rômulo Araújo instiga os leitores a pensar e enxergar além do óbvio de sua vã filosofia. Em outro momento, o autor fala do conflito interno de muitos humanos, ao afirmar que “É conflitante ter um pouco do vasto e misterioso conhecimento que cerca a vida de incertas certezas”. Além disso, o retrato do fim dos tempos na Terra e de uma possível nova vida em outro universo, explorado em forma de poesia, é um dos ápices do conto.
“O universo é um completo desconhecido
É provável que nem saiba de nossa existência
Se assim for, que terei eu contribuído
Para abrir a mente de uma ingênua consciência
Refletindo, descubro o que não se revela
De tanto olhar para fora, pode-se esquecer do momento
Fico impressionado com a vastidão que nos assola
Mas há um universo em cada um por dentro”
Estes e outros trechos podem servir de base para novas leituras a partir de análises individuais e também baseado em situações reais vividas pelo autor. O conto O Arauto e o Astro Poeta no Início dos Dias Finais (leia o começo, com exclusividade aqui) reúne ingredientes suficientes para proporcionar ao leitor uma verdadeira viagem de descoberta, indagações e reflexões interior.