O Ministério Público do Amazonas (MP-AM) instaurou um Procedimento Investigatório Criminal (PIC) para investigar o fato do delegado Gustavo de Castro Sotero, condenado a mais 30 anos de prisão pelo homicídio do advogado Wilson Justo Filho, continuar recebendo salário bruto de mais de R$ 25 mil pelo cargo na Polícia Civil do Amazonas (PC-AM).
A informação consta na Portaria nº 108.2020.60.1.1, publicada no Diário Oficial do MP, da quarta-feira, 24.
Segundo a publicação, o PIC vai “apurar suposta ilegalidade no âmbito da Polícia Civil do Estado do Amazonas, visto que o Delegado Gustavo de Castro Sotero permaneceria nos quadros da PC-AM, recebendo salário, mesmo após ter sido condenado pelo Tribunal do Júri pelo crime de homicídio”, diz a promotora de Justiça, Christiane Dolzany Araújo.
Em novembro do ano passado, Sotero foi condenado a pouco mais de três décadas de prisão, em regime fechado, pela morte do advogado Wilson Justo Filho. O crime ocorreu em 2017 dentro do bar Porão do Alemão, zona Oeste de Manaus.
Folha de Pagamento
O Portal AM1 apurou, e, de acordo com as informações obtidas por meio do no Portal da Transparência do Governo do Estado, que Sotero continua na folha de pagamento de servidores públicos, recebendo o salário bruto de R$ 25.995,96 pelo cargo na PC-AM. Até agora, ele já recebeu mais de R$ 155 mil desde que foi condenado pelo crime.
Sem resposta
Procurada pela reportagem para esclarecer o caso, a Polícia Civil do Amazonas não respondeu até o fechamento desta matéria.
Confira portaria na íntegra:



