DO RDA – BRUNO PACHECO
Na manhã desta terça-feira, 27, a fumaça voltou a encobrir cidades do Amazonas. Segundo o Sistema Eletrônico Ambiental (App Selva), o índice de qualidade do ar foi considerado “muito ruim” em Itacoatiara, no interior do Amazonas, e em praticamente toda Manaus.
Em Manaus, esta é pelo menos a sexta vez que a cidade amanhece com a qualidade do ar nestas condições, que pode representar um risco aos grupos sensíveis à poluição do ar, como idosos, crianças e pessoas com doenças respiratórias ou cardiovasculares.
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Já em Itacoatiara, o fenômeno causado por queimadas e o desmatamento desenfreado, ocorre pela terceira vez neste ano. A escala que mede a concentração de poluentes no ar do APP Selva chegou a ficar no vermelho e registrar 109.6, ou seja, “nível ruim”.
“É prejudicial à saúde, principalmente, às crianças e aos mais idosos. E isso nos afeta de tal forma que sobrecarrega até o hospital. Uma situação bem complicada mesmo. Se de dia já é difícil, imagina isso a noite para quem está navegando. É perigoso até bater na beira do rio”, destacou Anderson Souza, morador de Itacoatiara.
Crise no Amazonas
Em meio à estiagem severa que vem atingido toda a Amazônia, o desmatamento descontrolado com os incêndios da mata tem impactado a população. No Amazonas, as cidades somente até sábado 27, eram 7 mil focos de queimadas registrados no mês, superando os dados de agosto de 2023, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Para combater as queimadas, o governo do Amazonas enviou, nesta terça-feira, 27, cerca de 200 bombeiros para o Sul do Amazonas e a Região Metropolitana na Operação Aceiro.