A decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ordenando novas eleições para o Governo do Amazonas, exige de todo amazonense serenidade e espírito público. Nada de açodamento. A hora é grave e exige atenção máxima de todos.
Imagine como chega uma decisão dessas ao ribeirinho, nas barrancas dos nossos rios, desamparado, sem o mesmo acesso à informação, dependente da presença do Estado, no sentido amplo de poder público. É nele, o desamparado, que todos devem pensar.
O Amazonas é Estado com enorme potencial. Tem riquezas e diversidade biológica capazes de despertar a cobiça mundial, a maior floresta tropical do mundo, mas tudo isso se transforma em nada, como um castelo de areia desfeito, diante das incertezas políticas.
Não é hora de julgar, nem de expor interesses pessoais. É hora de marchar, como soldado, para além da crise institucional aberta com o julgamento, que anulou a eleição de 2014.
É momento de pensar nos inocentes arrastados de roldão pela crença na longevidade da administração que finda. Inocentes sempre existem. E exigir de quem chega ou chegará ao poder estadual a maturidade serena que a situação exige.
O Amazonas, grande e forte, certamente saberá superar os percalços e caminhar de cabeça erguida rumo ao futuro promissor que sua gente espera e constrói, apesar dos pesares e em meio às agruras atuais.
Sem revanchismo. Sem mesquinhez. O interesse público acima de tudo e de todos. O Amazonas espera muito de todos nós.
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Marcos Rotta é vice-prefeito de Manaus.