O município de Maués (a 258 quilômetros de Manaus) tornou-se pioneiro na industrialização de peixes regionais para a merenda escolar. Entre as empresas que atuam nesse tipo de produção na cidade está a Valmor José Venâncio, a “Fábrica de Gelo e Frigorífico Maués”, que trabalha há mais de 20 anos com o agronegócio do Amazonas.
A Fábrica Maués fornece, ao ano, para a Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS), por meio do Programa de Regionalização da Merenda Escolar (Preme), um total de 15 toneladas de filé e 15 de picadinho de peixe, oriundo dos peixes jaraqui e aruanã. Em todo o Estado, a produção de filé chega a 30 toneladas e de picadinho 20 toneladas todos os anos.
De acordo com o presidente da Fábrica, Valmor José, a empresa é responsável por vinte empregos diretos e mais de 200 indiretos, contribuindo assim com a renda de mais de 200 famílias do baixo Amazonas.
“Nossa empresa existe há 20 anos, mas há três anos conta com o apoio da ADS, aumentando a produção rural e a renda das famílias de produtores no nosso município. Temos muito que agradecer a parceria com a ADS, porque por meio dessa parceria o pequeno agricultor tem sido mais valorizado”, ressaltou o empresário.
Parceria
Ainda segundo Valmor, não somente produtores são beneficiados com a existência da empresa no município de Maués (a 259,04 quilômetros de Manaus), mas estudantes dos cursos de Agronegócio e Recursos Pesqueiros da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e do Instituto Federal do Amazonas (IFAM), que prestam estágio voluntário na empresa após parceria da empresa com as duas instituições de ensino.
No total, 20 estudantes trabalham como estagiários na Fábrica de Gelo e Frigorífico Maués, sendo dez no horário matutino e dez no vespertino. “Temos contribuído com o futuro dos jovens do nosso município, já que a maioria deles não teria condições de estagiar na capital e aqui eles podem colocar em prática o que aprendem na teoria”, afirmou Valmor.
Expectativa
Para o presidente da empresa, futuramente o picadinho de tambaqui (curumim) poderá ser um diferencial da produção em Maués, por ter a capacidade de alcançar um ciclo correspondente a quatro vezes ao ano. “Os governantes do nosso estado têm que pôr a mão na consciência e reconhecer o que a ADS representa hoje para o pequeno agricultor e investir ainda mais nessas parcerias, porque sem elas o agronegócio no nosso estado não teria a importância e a visibilidade que tem atualmente”, concluiu Valmor.