Manaus (AM) — Servidoras técnicas, professoras e estudantes da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) se mobilizaram neste fim de semana em uma ampla rede de apoio à professora Tanara Lauschner, candidata à reitoria pela Chapa 57 – Mudança!, após uma série de ataques misóginos registrados ao longo do processo eleitoral.
A movimentação ganhou força nas redes sociais e em grupos internos da universidade, reunindo depoimentos, cards e mensagens de solidariedade à docente, que tem trajetória reconhecida em gestão, ciência e articulação institucional. A mobilização destaca que a candidatura de Tanara representa não apenas um projeto de universidade, mas também o enfrentamento a práticas históricas de apagamento e deslegitimação de lideranças femininas.
Nos últimos dias, portais ligados a diferentes grupos políticos divulgaram publicações com informações descontextualizadas ou enganosas, sugerindo que Tanara seria uma “figura de fachada” ou estaria a serviço de interesses partidários — alegações que, segundo apoiadores, nunca são direcionadas a homens em candidaturas similares. No último fim de semana, a situação se agravou com a disseminação de mensagens ofensivas e de caráter difamatório em diversos grupos de WhatsApp da comunidade universitária.
Em nota coletiva que circula nas redes, o movimento de apoio afirma: “Atacar uma mulher forte é medo do que podemos juntas. Mexeu com uma, mexeu com todas.” A frase se tornou lema da mobilização, que denuncia o teor abertamente misógino das mensagens e reforça a legitimidade da candidatura de Tanara à frente de um projeto coletivo construído com diálogo, escuta e compromisso com a Amazônia.
O segundo turno da eleição para reitoria da UFAM acontece nesta segunda-feira, 14 de abril, de forma totalmente online. A Chapa 57 disputa com a chapa 25 a liderança da gestão pelos próximos quatro anos.