Quiseram os fados que o Amazonas vivesse mais um momento novo, diferente e decisivo para seu comando político. É hora de reunir o que temos de melhor em espírito público, eficiência, credibilidade, honradez e força popular, num esforço para reconstruir a governabilidade.
É preciso sair do gargalo que levou à cassação de mandato do governador do Estado e à necessidade de inédita eleição suplementar.
O interior não tem tempo para esperar. A biodiversidade amazônica continua sendo uma quimera para o amazonense, enquanto mundo afora surgem novos produtos nela baseados. Os minérios não explorados perdem valor de mercado.
O desvão das oportunidades perdidas é incalculável. O Amazonas e seu povo não se podem dar ao luxo de continuar essa orgia de desperdícios.
O eleitor, em vésperas de escolha de novo governante, haverá de distinguir entre as opções que estão postas. Quem mais renunciou? Qual dos candidatos tinha posição mais cômoda e se impôs maiores sacrifícios, em nome da luta direta pelo futuro da nossa gente?
A vez é da lucidez. O Amazonas exige que seja assim, diante de tantos tropeços que a história recente vem registrando, com prejuízos tão palpáveis – do funcionalismo estadual à saúde, à segurança, atingindo duramente o futuro das nossas crianças.
Tenho testemunhado a inteligência e o discernimento do prefeito Arthur Virgílio. Que Deus o acompanhe para conduzir com sabedoria a todos nós, seus liderados, nesse momento tão grave.
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Marcos Rotta é vice-prefeito de Manaus.