Com 13 votos de diferença, os professores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) rejeitaram a deflagração de greve na instituição. A decisão da categoria foi tomada em rodada de Assembleia Geral (AG) realizada na sede da Ufam, em Manaus, e nos campi de Benjamin Constant, Humaitá e Parintins. Ao todo, foram 102 votos pela adesão ao movimento paredista nacional dos professores, iniciado nesta quinta-feira (24), 115 votos contrários à paralisação das atividades da categoria, e 7 abstenções.
Até o início da AG em Manaus, realizada na tarde desta quinta (24), no hall do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), a votação estava empatada nas unidades fora da sede: 37 votos favoráveis e 37 votos contrários à greve. Em Benjamin Constant, foram 10 votos favoráveis à greve, 9 contrários e uma abstenção. Em Humaitá, a deliberação resultou em 16 votos a favor do movimento paredista, 8 contrários e duas abstenções. Já em Parintins, o número de votantes contrários à paralisação superou o que favoráveis: 20 a 11, além de duas abstenções.
O resultado da instância deliberativa da categoria na capital foi decisivo para o posicionamento contrário à deflagração de greve. Depois de duas horas e meia de debate, com manifestação de posicionamentos favoráveis e contra o movimento paredista, a AG de Manaus encerrou com 65 votos pela paralisação e 78 contrários.
Encaminhamentos
Apesar da decisão de não deflagrar greve da categoria na Ufam, todas as avaliações feitas pelos professores que se inscreveram durante a avaliação de conjuntura convergiram para a necessidade de continuar a luta contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55/2016 – que limita por 20 anos os gastos primários – e a Medida Provisória (MP) 746/2016 – que trata da reforma do Ensino Médio -, motivos que levaram a categoria a deflagrar o movimento paredista em âmbito nacional, cujo Comando de Greve foi instalado também nesta quinta (24), em Brasília.
Por isso, os docentes de Manaus decidiram intensificar a mobilização, unindo-se aos estudantes e outras categorias do serviço público, com uma série de atividades de paralisação. E aprovaram ainda a ampliação do Comando Local de Mobilização (CLM), com a inserção de novos integrantes ao comitê.
Nesta sexta (25), os docentes da Ufam se unem a representantes de outras entidades sindicais, estudantis, movimentos sociais e de várias organizações da sociedade civil no ato público “Ocupa Manaus contra a PEC 55”. A manifestação, contra a Proposta de Emenda à Constituição que limita por 20 anos os gastos primários, ocorrerá na Boulevard Álvaro Maia, nas imediações do Cemitério São João Batista, com concentração a partir das 8h. O ato deve encerrar ao meio dia. A atividade é promovida pela Frente de Lutas “Fora Temer” Manaus.
Com informações da assessoria.