câncer
Você já reparou naquela pequena ferida no seu rosto que parece inofensiva, não causa incômodo, mas insiste em sangrar e não cicatrizar? Cuidado. Isso pode ser um sinal de carcinoma basocelular – o tipo mais comum de câncer de pele, embora seja o menos letal. O câncer de pele, independentemente do tipo, é o mais prevalente na humanidade. Não há outro tipo de câncer com o mesmo número de casos, nem mesmo o de próstata ou mama, que recebem mais atenção. Pode parecer estranho, mas em algum momento, é provável que descubramos um câncer de pele.
Adultos hoje com cerca de 40 anos fazem parte de uma geração que, na infância, foram muito expostos ao sol sem proteção adequada – frequentemente descascando a pele durante viagens à praia, por exemplo. Existem vários tipos de câncer de pele, sendo os mais comuns o carcinoma basocelular (que representa cerca de 80% dos casos), o carcinoma espinocelular (cerca de 15%) e o melanoma (que corresponde a aproximadamente 5% dos casos).
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), os cânceres de pele não melanoma representam 30% de todos os tumores malignos registrados no país, ou seja: três em cada dez casos de câncer diagnosticados são de pele. A boa notícia é que a maioria, especialmente o carcinoma basocelular, não é agressivo e responde bem ao tratamento cirúrgico.
Todo câncer de pele se inicia devido à reprodução desordenada de células da pele. O carcinoma basocelular tem origem na camada basal da epiderme, a camada mais externa e fina da pele. É uma lesão maligna de crescimento muito lento, o que significa que uma pessoa pode ter o câncer por anos sem saber.
Geralmente, o carcinoma basocelular afeta mais homens do que mulheres, é mais comum em pessoas de pele clara e geralmente ocorre em adultos com mais de 40 anos, exceto aqueles que têm alguma doença de pele. Ele tende a surgir nas áreas mais expostas ao sol, especialmente no rosto, orelhas e membros (braços e pernas).
O sangramento aparentemente inofensivo é o principal sinal de alerta, muitas vezes levando as pessoas a procurarem um dermatologista. Isso ocorre porque as células cancerosas necessitam de sangue para se nutrir e crescer, então a região do tumor costuma ser mais vascularizada. Além disso, o tecido que cobre o tumor após o sangramento é mais frágil do que o tecido saudável da pele, por isso qualquer toque mais forte pode fazer com que sangre.
O diagnóstico é confirmado por meio de biópsia, mas um dermatologista experiente pode identificar durante a consulta se é um carcinoma basocelular com base nas características clínicas e no uso de um dermatoscópio, uma lente que aumenta a imagem em até dez vezes.
O tratamento padrão ouro para o carcinoma basocelular é cirúrgico, geralmente realizado no consultório com anestesia local. O objetivo é remover completamente a lesão e um pouco de tecido ao redor como precaução. Outras opções terapêuticas incluem criocirurgia, laserterapia, curetagem, eletrocoagulação e radioterapia, dependendo do caso.
A prevenção inclui proteger a pele da exposição solar diária usando filtro solar e evitando a exposição solar entre 10h e 14h, além de usar óculos de sol, bonés, chapéus, blusas de manga comprida e roupas com proteção UV.É essencial fazer consultas de rotina ao dermatologista pelo menos uma vez por ano, mesmo sem sintomas.