| DO RDA – KLEITON RENZO
O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), está calado sobre a votação que aprovou na Câmara dos Deputados o texto inicial da reforma tributária que tira as vantagens competitivas do modelo Zona Franca de Manaus (ZMF). Dois dias após a votação, o prefeito que busca a reeleição este ano, não se manifestou publicamente sobre a derrota que pode prejudicar mais de 500 mil empregos diretos e indiretos na capital.
Na quarta-feira (10), os deputados aprovaram em Brasília projeto de lei complementar (PLP 86/2024) que trata da regulamentação da reforma tributária dos impostos sobre o consumo. A maioria dos deputados federais do Amazonas votou contra o PLP, com exceção de Silas Câmara (Republicanos), que votou à favor ao texto que fere de morte o modelo ZFM.
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De lá pra cá, nas últimas 48 horas, o prefeito David Almeida, não fez qualquer declaração pública em relação à essa votação que prejudica, principalmente, a cidade de Manaus, sede das principais indústrias que mantém o modelo ZFM gerando emprego, renda e arrecadação pro Amazonas.
Sem agendas públicas, por conta da vedação eleitoral, o prefeito de Manaus, poderia, se quisesse, ter utilizado suas redes sociais para apresentar defesa ao modelo Zona Franca. Não o fez.
As últimas publicações de David Almeida nas duas principais redes sociais que utiliza foram para relembrar a inauguração de uma obra na semana passada.
REPERCUSSÃO
O governador do Amazonas , Wilson Lima (UB), afirmou, ainda na noite de quarta-feira, “que vai continuar trabalhando de forma incansável” para manter a competitividade da Zona Franca de Manaus (ZFM).
“É inaceitável a votação na Câmara dos Deputados, que prejudica o povo do Amazonas. Vamos lutar com todas as nossas forças para reverter essa decisão no Senado e manter o principal modelo econômico da Amazônia, que é a Zona Franca de Manaus, e os empregos por ela gerados.”, disse o governador.
Wilson, tanto quanto David Almeida, é interessado na permanência do modelo Zona Franca para garantir a manutenção da arrecadação ao estado do Amazonas.
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É, principalmente, de tudo que é produzido no Polo Industrial de Manaus (PIM), que o Governo do Amazonas distribui aos municípios parte da arrecadação do ICMS – Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação.