A Zona Franca de Manaus (ZFM) passará a contar com Comitê da Indústria de Defesa da Amazônia, que visa “integrar as indústrias de base de defesa da região Amazônica com as Forças Armadas, fortalecendo um setor estratégico na região”, tornando as empresas do Polo Industrial de Manaus (CMM) desenvolvedoras de produtos para as Forças Armadas e de Segurança Pública com alto nível tecnológico.
O Condefesa foi criado pelo Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam) e Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), com participação do Exército Brasileiro. O diretor-executivo é o general Omar Zendim. Os quadros incluem ainda três diretores adjuntos – que serão representantes da indústria –, além de oito conselheiros – entre autoridades civis e militares – e secretariado.
O mesmo texto assinala ainda que o Comitê da Indústria de Defesa da Amazônia foi criado com a atribuição de debater assuntos de interesse da indústria nas áreas citadas, promovendo a participação de empresários e executivos dos diversos setores industriais do PIM, no apoio a suas atividades. “Além disso, o Condefesa visa uniformizar e consolidar sua atuação como um representante da Base Industrial de Defesa, fornecendo pareceres e recomendações à diretoria da Fieam/Cieam, e entidades a que se subordinam, sobre questões relevantes para a indústria”, assinalou.
O Comitê da Indústria de Defesa da Amazônia será presidido pelo titular da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas, Antônio Silva, com a vice-presidência cabendo ao titular do Centro da Indústria do Estado do Amazonas, Luiz Augusto Barreto Rocha. O diretor-executivo é o general Omar Zendim. Os quadros incluem ainda três diretores adjuntos – que serão representantes da indústria –, além de oito conselheiros – entre autoridades civis e militares – e secretariado.
A criação do Condefesa é uma iniciativa que ocorre num momento de desindustrialização nacional do setor. Segundo a Associação Nacional da Indústria de Armas e Munições (ANIAM), o segmento fatura R$ 1 bilhão por ano e gera 40 mil empregos no país. Tramita no Congresso uma Proposta de Emenda à Constituição, do senador Carlos Portinho (PL-RJ), para reforçar o orçamento das Forças Armadas. A PEC está na Comissão de Constituição e Justiça da casa, aguardando um relator. O texto estipula que o Executivo federal deve partir de 1,2% do PIB para o orçamento de defesa, aumentando em pelo menos 0,1% os repasses a cada ano, até atingir pelo menos 2%.
Leia mais: David se cala sobre derrota da Zona Franca de Manaus na reforma tributária
O segmento de defesa é considerado promissor para a indústria, e estratégico do ponto de vista do Estado. Texto postado do Ministério da Defesa assinala que desenvolvimento e defesa “caminham juntos quando os investimentos na capacitação das Forças Armadas criam oportunidades que favorecem a inovação e o crescimento econômico”. A pasta acrescenta que trabalha na implementação de políticas e iniciativas que busquem associar a recomposição da capacidade operativa da Marinha, do Exército e da Aeronáutica à busca de autonomia tecnológica e ao fortalecimento da Base Industrial de Defesa (BID).
Leia mais: Secretário do MMA vê conotação política em queimadas na Amazônia
“Tanto quanto manter indústrias, parques de produção e empregos, os esforços empreendidos visam fazer com que o país, a partir desse setor, possa desenvolver novos modos de incorporar ciência, tecnologia e inovação nos bens e serviços produzidos. Oitavo maior exportador mundial de produtos de defesa nos anos 1980, o Brasil tem potencial para voltar a ocupar lugar de destaque nesse mercado internacional – que movimenta, por ano, cerca de US$ 1,5 trilhão”, pontuou o texto, acrescentando que, além de atender o mercado local, o movimento favorece também a pauta de exportações do país.