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    Home»Destaque»MPF investiga irregularidades ambientais no novo aterro sanitário de Manaus
    MPF
    Denúncia de Amom aponta instalação ilegal do aterro em APP e danos ao Igarapé Matrinxã; MPF abre procedimento para apurar responsabilidades. (Foto/Reprodução)
    Destaque

    MPF investiga irregularidades ambientais no novo aterro sanitário de Manaus

    2 de dezembro de 2025
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    MANAUS (AM) – O Ministério Público Federal (MPF), por meio do 13º Ofício da Procuradoria da República no Amazonas, confirmou a instauração de um procedimento investigatório para apurar possíveis infrações ambientais e administrativas na construção do novo aterro sanitário de Manaus, que está sendo erguido ao lado do atual aterro controlado, no km 19 da AM-010, bairro Lago Azul, zona Norte.

    A denúncia foi apresentada pelo deputado federal Amom Mandel (Cidadania) e acolhida pelo procurador Leonardo Sampaio, responsável pelo procedimento. Segundo o parlamentar, a obra do “novo aterro sanitário” apresenta graves irregularidades, já que estaria instalada em uma Área de Preservação Permanente (APP) do Igarapé Matrinxã, o que contraria o Código Florestal (Lei nº 12.651/2012) e resoluções do CONAMA.

    @kleiton.renzo

    Impactos ambientais

    O deputado alerta que a instalação do aterro representa risco à saúde pública, à segurança ambiental e ao equilíbrio ecológico da região. Ele afirma que o Igarapé Matrinxã já apresenta avançado processo de assoreamento devido às obras de terraplenagem, realizadas com grande volume de barro, o que pode comprometer de forma irreversível o curso hídrico e a integridade ecológica local.

    Amom defende que os órgãos de controle e fiscalização atuem imediatamente para apurar responsabilidades e adotar medidas cabíveis, especialmente diante do que considera omissão administrativa e descumprimento dos princípios da legalidade, da precaução e da prevenção ambiental.

    Moradores próximos às obras

    No processo, o parlamentar destaca ainda os impactos sobre os moradores da Rua Umari, antigos Beco Betal e Beco Beija-Flor, que relatam que as obras começaram repentinamente, sem qualquer aviso prévio, apesar de ocorrerem a poucos metros de suas residências.

    As atividades estão a menos de 60 metros das casas e tiveram início sem que os moradores fossem avisados ou consultados, o que viola princípios constitucionais da publicidade, da participação democrática e do controle social.

    Novo aterro sanitário construído a menos de 60 metros das residências (Foto: Divulgação/Assessoria Amom Mandel)

    Moradores afirmam que não receberam qualquer notificação, comunicação ou convite para consulta pública relacionada ao empreendimento. Eles relatam surpresa e preocupação, principalmente pelo potencial de degradação ambiental na área. Algumas casas próximas já registram alteração na cor e no odor da água dos poços artesianos, indicando possível contaminação do lençol freático por chorume.

    A ausência de consulta e audiência públicas, como determina a legislação ambiental, também fere o princípio da participação comunitária no processo de licenciamento e impede que a população manifeste previamente suas preocupações sobre os impactos socioambientais do projeto.

    “Descobrimos ali que não houve uma consulta adequada à população que vive no entorno, ao contrário do que preconiza a legislação federal, que prevê a obrigatoriedade de ouvir os moradores da área impactada”, declarou Amom.

    O parlamentar lembra ainda que o novo aterro está localizado a cerca de 9 km do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, o que viola a zona de proteção aeroportuária e configura risco de colisões com aeronaves.

    Distância aproximada de 9 quilômetros entre o novo aterro e o Aeroporto Internacional de Manaus, bairro Tarumã (Foto: Divulgação/Assessoria Amom Mandel)

    Obras e investimentos

    O prefeito de Manaus, David Almeida, anunciou em outubro o início das obras do novo aterro sanitário, também no km 19 da AM-010, zona Norte. A construção está sendo realizada em Área de Preservação Permanente do Igarapé Matrinxã, afluente do Igarapé Acará, que se conecta ao Igarapé de Santa Etelvina para formar o Igarapé da Bolívia.

    Com investimento superior a R$ 20 milhões, a obra ocupará 67 hectares, divididos em quatro células operacionais de quase cinco hectares cada. A previsão de funcionamento é fevereiro de 2026, com vida útil estimada de 20 anos, conforme estabelecido em Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).

    Aterro sanitário de Manaus deve entrar em operação em 2026 (Foto: Tunico Santos/Portal Rios de Notícias)

    No documento encaminhado ao MPF, o deputado Amom Mandel afirma que a situação representa “risco potencial à saúde pública, à segurança ambiental e ao equilíbrio ecológico da região”. Ele solicita a suspensão imediata das obras e a reparação dos danos já causados ao Igarapé Matrinxã, reforçando que a intervenção municipal, além de ilegal, representa um “retrocesso ambiental irreversível”.

    Veja os documentos na íntegra:

    Oficio-376_2025-CD_GAB760-MPF-Novo-Aterro-Manaus.docx-1

    Resposta-Oficio-376-2025

    VIA PORTAL RIOS DE NOTÍCIAS

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