Em toda a região amazônica, o Amazonas foi o Estado com o maior número de focos de queimadas registradas em menos de 24h, entre a terça-feira e quarta, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). No período, foram registrado 670 focos de calor, o que representa 30,6% dos focos ativos no bioma.
A região mais afetada é o Sul do Estado, como, por exemplo, Humaitá e Lábrea, que fazem divisa com o Estado de Rondônia. No acumulado do mês de setembro até esta quinta-feira, 19, o Mato Grosso, que também integra o bioma Amazônia, é o líder de focos ativos de queimada.
O Estado registrou 15.770 focos. O vice-líder é o Pará com 14.456. Nesse período, o Amazonas ficou na quarta colocação, com 5.033 queimadas, diz a Revista Cenarium.
Por isso, a qualidade do ar em Manaus foi classificada como “péssima”, na zona Sul da cidade, e “muito ruim”, nas demais áreas, conforme dados do Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva). A Defesa Civil do Amazonas informou que fumaça, que encobre a cidade nesta quinta-feira (19), são provenientes de queimadas e incêndios florestais que ocorrem com frequência em diversos municípios, inclusive na própria capital.
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O bairro com o pior índice de insalubridade do ar é o Morro da Liberdade, com 157.6 µg/m³, seguido por Colônia Oliveira Machado e Vila Buriti, com 151.6 µg/m³, e Aparecida, com 140.9 µg/m³, de acordo com o relatório do Selva, emitido a cada 24h.
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Esses números são indicadores de poluição atmosférica, referentes a partículas inaláveis com diâmetro inferior a 2,5 micrômetros (µm). Para serem considerados “bons”, eles precisam estar entre 0 e 25. A situação piorou nos últimos dias, uma vez que somente em setembro, o Amazonas já soma 5.033 focos de queimadas ativas, além de 37 focos de calor – ficando em terceiro lugar no ranking de Estados da Amazônia Legal, atrás apenas do Mato Grosso e Pará
Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e do Panorama de Focos de Calor no Amazonas.