| DO RDA – KLEITON RENZO
O conselheiro Ari Moutinho está há dez meses sem participar da sessão do Pleno do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM). Envolvido num rumoroso caso em que foi denunciado por assédio pela presidente do tribunal, Yara Lins, Ari Moutinho entrou com sucessivos pedidos de licença médica e de férias, não participando de nenhuma sessão desde outubro do ano passado.
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A última vez que Ari Moutinho foi visto em plenário foi na votação que elegeu Yara Lins e Fabian Barbosa os novos presidentes do TCE-AM, em 03 de outubro de 2023. Ele não votou, preferindo anular o voto.
A partir de então, Ari Moutinho apresentou ao TCE-AM um pedido de licença média no dia 10 de outubro de 2023 e ficou ausente das sessões o resto do ano.
GOZO DE FÉRIAS
Na primeira sessão de 2024, sob a presidência de Yara Lins, em 23 de janeiro, Ari Moutinho solicitou férias até 06 de fevereiro. Em 21 de fevereiro, novo pedido de férias, dessa vez até 20 de maio.
Na 18ª sessão do Pleno do TCE-AM, em 28 de maio, um novo pedido de férias de Moutinho foi apresentado, dessa vez, aumentando sua ausência até 18 de outubro desse ano.
Nesse período, Ari Moutinho segue recebendo normalmente o salário como conselheiro.
De outubro do ano passado até maio desse ano, ele recebeu R$ 193,6 mil pagos pelo TCE-AM em salários.
ENTENDA O CASO
Após a votação de Yara Lins, naquela mesma semana, no dia 06 de outubro, Ari Moutinho foi denunciado pela conselheira na Delegacia da Mulher da Polícia Civil (PC), em Manaus. A presidente da Corte alega ter sido vítima de ameaças e que colega conselheiro a xingou com palavras de baixo calão.
“Não está aqui a conselheira, está uma mulher que foi covardemente agredida no Tribunal de Contas, no plenário, antes da eleição, para me desestabilizar. Fui cumprimentar o conselheiro Ari com um bom dia, e ele disse: ‘bom dia nada, safada, puta, vadia’, e me ameaçou, dizendo: ‘eu vou te fuder’”, declarou Yara Lins à imprensa há época.
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No mesmo dia Ari Moutinho emitiu nota pública se dizendo surpreso, indignado e injustiçado antes as acusações.
“Tomei conhecimento estupefato das declarações da Conselheira Yara Lins sobre suposta conduta minha no Plenário do TCE/AM. Estou surpreso e indignado, posto que os fatos não se deram de forma narrada, refutando-os veementemente. (…) Não comento mais essas falsas acusações e vou tomar as medidas judiciais cabíveis para me defender”, disse em nota.
SEM RESPOSTA
Procurei pelo conselheiro e perguntei as razões da sua ausência e se pretende voltar em outubro conforme estabelecido. Também pedi informações da comunicação do TCE-AM sobre as razões e motivos apresentados pelo conselheiro para ficar tanto tempo ausente, no entanto, não houve resposta em nenhum dos casos.
