Os contratos avaliados em R$ 2 milhões, firmados entre a secretaria de segurança pública e a empresa A.C.B Locadora de Veículos LTDA-EPP, para locação de viaturas, será avaliado pelo vice-presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa do Amazonas, deputado Platiny Soares (DEM). O requerimento pedindo cópias dos contratos foi apresentado nesta terça-feira (6) à Mesa Diretora da Casa.
De acordo com o parlamentar, é preciso analisar em que condições a secretaria de segurança pública, que atualmente é administrada pelo delegado de Polícia Federal, Sérgio Fontes, realizou a contratação dos serviços, descritos no portal da transparência como emergenciais.
“Quero saber onde estão nossas licitações? Qual é o nosso estado de calamidade? Qual a nossa emergência? São 360 dias alugando viaturas em contrato emergencial, isso mais parece uma burla da lei. Vou me debruçar sobre esses contratos, porque é notório que apesar de um valor tão alto, não temos qualquer qualidade no serviço”, explicou Platiny Soares.
O democrata lembrou que as viaturas utilizadas no trabalho ostensivo da Polícia Militar, nas ruas da Capital e Interior, estão visivelmente sucateadas e despadronizadas. “Não precisa você andar muito pela cidade, para constatar que os carros estão deteriorados. Umas viaturas têm películas e outras não, até mesmo o giroflex, item fundamental para identificação dos carros policiais não existem. Qual a organização administrativa da nossa secretaria?”, lamentou Platiny Soares.
Para o deputado Dermilson Chagas (PEN), a Assembleia Legislativa não pode se furtar de analisar os contratos, e posteriormente, qualquer vício, que venha a ser identificado. “O deputado traz ao nosso conhecimento uma situação muito seria. Da qual não podemos nos esquivar, temos que trazer á luz os dados dos contratos. O senhor tem meu total apoio”, frisou Dermilson Chagas.
O tucano Bosco Saraiva, ressaltou que a situação de insegurança deve aumentar com a redução do orçamento para o setor, que conforme a Lei Orçamentária Anual (LOA), encaminhada pelo governo, sofrerá redução de 4%. “Não podemos deixar que isso passe, sem que debatamos amplamente a situação caótica da segurança. Isso vai corroborar para o crescimento do narcotráfico, aos pequenos furtos. A situação econômica e social de Manaus é calamitosa, fomos vencidos pela falta de segurança”, falou Bosco Saraiva.