Um dos empresários detidos nesta terça-feira (20/5) no Aeroporto Internacional de Brasília com mais de R$ 1,2 milhão em espécie em uma mala mantém contratos milionários com as prefeituras de Manaus e Coari, administradas respectivamente por David Almeida (Avante) e Adail Pinheiro (Republicanos). A informação foi apurada pelo portal RIOS DE NOTÍCIAS, com base em documentos oficiais e investigações em andamento.
Segundo o site nacional Metrópoles, os três homens presos pela Polícia Federal foram identificados como César de Jesus Glória Albuquerque, Erick Pinto Saraiva e Vagner Santos Moitinho. De acordo com a PF, o trio alegou que o dinheiro seria destinado à compra de materiais em Goiás, mas entrou em contradição ao não apresentar detalhes sobre os fornecedores ou destinatários dos pagamentos.
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Entre os detidos, chama atenção a situação de César de Jesus Glória Albuquerque, sócio da empresa “Comercial CJ – Comércio de Produtos Alimentícios Ltda.”, que possui contratos ativos com a gestão do prefeito David Almeida. Um desses contratos, firmado em agosto de 2024 com a Secretaria Municipal de Educação (Semed), totaliza R$ 3.500.441,10 e prevê o fornecimento de alimentos como leite condensado, macarrão parafuso e biscoito maisena. A vigência vai até agosto de 2025.

Outro acordo, firmado em fevereiro com a Fundação de Amparo ao Idoso Dr. Thomas (FDT), tem valor de R$ 28.444,40 e prevê a entrega dos mesmos produtos em quantidades menores. Ambos os contratos seguem vigentes.
Fundada em 2018, a Comercial CJ tem sede em uma área rural do município de Presidente Figueiredo, na comunidade Nova Jerusalém, BR-174, quilômetro 179. Segundo registros oficiais, a empresa está habilitada a operar em mais de 80 atividades distintas, conforme a Classificação Nacional das Atividades Econômicas (CNAE).
Além dos contratos com Manaus, a empresa também recebeu repasse recente da Prefeitura de Coari. Conforme noticiado pelo “Blog do Hiel Levy”, em abril deste ano, a gestão de Adail Pinheiro autorizou o pagamento de R$ 2.596.830,00 à Comercial CJ para aquisição de bolsas, bonés, tecidos e outros itens. A transação consta na edição de 16 de abril do Diário Oficial dos Municípios.
O portal solicitou posicionamento oficial das prefeituras de Manaus e Coari sobre os contratos com a empresa envolvida, mas não obteve resposta. Também foram feitas tentativas de contato com a Comercial CJ, segundo a reportagem, para esclarecimentos sobre os impactos da prisão do sócio-administrador, mas não houve retorno.
Acesse, na íntegra, a reportagem do Rios de Notícias