MANAUS (AM) – Os vereadores da Câmara Municipal de Manaus (CMM) votaram, nesta terça-feira, 4/11, contra a cassação do mandato do vereador Rosinaldo Bual (AGIR), preso no dia 3 de outubro durante a Operação Face Oculta.
Ele é acusado de praticar o crime de “rachadinha”, esquema que consiste no desvio de dinheiro público por meio da contratação de assessores obrigados a devolver parte do salário ao parlamentar.
Durante a sessão, 21 vereadores votaram contra o pedido de cassação, 11 foram favoráveis, oito estavam ausentes e o vereador Jander Lobato (AVANTE) não participou da votação.
Entre os parlamentares que votaram a favor da cassação estão Rodrigo Guedes (PP), Rodrigo Sá (PP), Saimon Bessa (UB), Coronel Rosses (PL), Carpê Andrade (PL), Sargento Salazar (PL), José Ricardo (PT), Amauri Gomes (PL), Diego Afonso (UB), Ivo Neto (PMB) e Paulo Tyrone (PMB).
Já os que votaram contra a cassação foram Eurico Tavares (PSD), Roberto Sabino (REPUBLICANOS), João Paulo Janjão (AGIR), Elan Alencar (DC), Raulzinho (MDB), Eduardo Alfaia (AVANTE), Gilmar Nascimento (AVANTE), Sérgio Baré (PRD), Rodinei Ramos (AVANTE), Thaysa Lippy (PRD), Raiff Matos (PL), Everton Assis (UB), Professor Samuel (PSD), Allan Campelo (PODEMOS), Mitoso (MDB), Marcelo Serafim (PSB), Rosivaldo Cordovil (PSDB), Dione Carvalho (AGIR), Marco Castilhos (UB), João Carlos (REPUBLICANOS) e Aldenor Lima (UB).
Operação Face Oculta
O vereador Rosinaldo Ferreira da Silva, conhecido como Rosinaldo Bual, foi preso no dia 3 de outubro durante a Operação Face Oculta, deflagrada pelo Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM). Ele é investigado por suspeita de peculato, concussão, lavagem de dinheiro, organização criminosa e posse ilegal de arma de fogo.
Ao todo, foram cumpridos mais de 17 mandados de busca e apreensão e dois de prisão. Durante as diligências, os agentes localizaram três cofres, um na casa de Bual, outro na residência da mãe dele e um terceiro em seu sítio.
De acordo com o MPAM, o vereador se recusou a fornecer as senhas, e os cofres foram levados à sede do órgão para perícia. Com apoio do Corpo de Bombeiros, os cofres foram abertos e, em seu interior, foram encontrados R$ 390 mil em espécie, dois cheques que somavam mais de R$ 500 mil e diversos documentos, incluindo passaportes.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa de Rosinaldo Bual, e o parlamentar segue preso.


