| DO RDA – MICHELE PORTELA
BRASÍLIA – O preço da cesta básica no Amazonas aumentou 0,86% entre os meses de maio e junho deste ano, passando de R$ 820 e R$ 827,88 na evolução do período. De acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (25) pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), a inflação registrada no estado é inferior à nacional, que foi de 2,29% no consumo dos lares.
De acordo com o vice-presidente da Abras, Marcio Milan, havia expectativa de crescimento. “Encerramos o primeiro semestre com resultado positivo e em patamar próximo da estimativa do setor para o ano, de 2,50%. A empregabilidade no setor formal, o aumento real da renda, a antecipação de recursos e outros montantes injetados na economia no período mantiveram o consumo em trajetória semelhante à registrada no ano anterior quando houve dois reajustes do salário-mínimo no primeiro semestre, assim como a retomada do pagamentos dos precatórios e a consolidação dos programas de transferência de renda do Governo Federal que sustentaram o consumo em domicílio ao longo do ano”, analisa.
NORTE
O preço da cesta básica no Norte do país perde apenas para o Sul, considerando os efeitos do período de desastre ambiental provocado pelas enchentes no Estado do Rio Grande do Sul (RS). Na região, o valor da cesta variou 1,01%, de R$ 839,60 para R$ 848,07, entre maio e junho deste ano.
Para Milan, a cesta básica teve melhor destaque positivo para o consumo de carnes, com a queda no preço das carnes, com baixa de 8,12% em 12 meses para cortes dianteiros e 5,65% nos cortes traseiros. Ovos também acumulam queda expressiva, de 8,09% em 12 meses.
MAIS RENDA
Ainda de acordo com o estudo da entidade, a período foi influenciado pela injeção de recursos do governo federal, como a antecipação do pagamento de R$ 30,1 bilhões em precatórios liberados em fevereiro e do 13º salário para 3,6 milhões de aposentados, pensionistas e beneficiários dos auxílios do INSS (a partir de 24/04).
Além disso, também foram considerados recursos que vieram do programa Pé-de-Meia, que deve injetar R$ 6 bi no mercado ao longo do ano, dos repasses de cerca de R$ 14 bilhões mensais do Bolsa Família.
Fechando o ciclo de investimentos, o setor também sofreu impacto do pagamento do PIS-Pasep, Auxílio-Gás e do pagamento R$ 18 bilhões de restituição do Imposto de Renda da Pessoa Física – IRPF 2024, na segunda fase de liberação.