| DO RDA – CHRIS REIS
“Um produto feito por quem participou da história”. É assim que pode ser definido o documentário “Garantido: a tradição de Lindolfo Monte Verde”, apresentado no dia 24 de junho, no Curralzinho da Baixa, realizado com recursos da Lei Paulo Gustavo, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (SEC).
Com direção executiva de Cleumara Monteverde (neta de Lindolfo), a proponente do projeto; roteiro de Irian Butel e direção de imagens de Lucas Paulino, o produto áudio visual fez uma regressão ao “tempo de Lindolfo”, com entrevistas com familiares e amigos que o auxiliaram na então “apenas” brincadeira.
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Com os primeiros depoimentos começaram a ser gravados, há quase duas décadas, por Cleumara, muitos dos entrevistados já faleceram, o que impacta e då maior valor emocional e histórico ao documentário.
Entre os entrevistados na produção, estão a própria Cleumara Monteverde, além de Dona Maria Monteverde e João Batista Monteverde (dois filhos vivos de Lindolfo), Seu Maximiano, Seu Domingos, Dona Luzia, “Tio Belinho”, Chico da Silva, Ivoney “Sopa”e também JP Galeto; Reck Monteverde e Dé Monteverde.
Para o jornalista Mencius Melo, o documentário é um registro precioso por conter vozes de uma história viva de alguns que já não estão entre nós, como por exemplo, Maximiniano, companheiro de Lindolfo e versador da Baixa.
“Este documentário é um resgate também das nossas origens negras, da trajetória de nossa família. Por tudo que conseguimos, é importante contar a história e deixar gravada, pois muitos que entrevistei já partiram, entretanto temos o arquivo para poder contar a história, tão conhecida, porém sempre é importante deixar tudo registrado”, enfatiza Cleumara Monteverde, lembrando que o Garantido sempre teve uma história muito linear, com um fundador reconhecido e celebrado.
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Para Irian, é emocionante participar deste momento de resgate e registro. “ É uma felicidade como parintinense e profissional ter auxiliado num projeto tão simbólico. São os herdeiros da tradição de mestre Lindolfo que assumem a narrativa de suas histórias”, avalia ela que é historiadora.
Cleumara antecipa que o documentário será enviado às escolas estaduais e municipais para ser exibido.
Foto: Paulo Sicsu


