Após a determinação da suspensão da eleição para a presidência da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Christiano Zanin, o presidente da Casa, Roberto Cidade (União Brasil) disse que a ação judicial teve como objetivo prejudicá-lo nas eleições municipais deste ano, quando concorreu à prefeitura de Manaus, e que avalia junto à Procuradoria da Aleam, uma forma de revertê-la.
No dia 10 de outubro, a Advocacia Geral da União apresentou no STF a defesa pela anulação da eleição que que reelegeu Roberto Cidade para um o terceiro mandato na Aleam, por ferir a legislação vigente. A decisão foi proferida na noite desta segunda-feira (28), quando também foi determinada nova eleição para a mesa diretora da Aleam.
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Nesta terça-feira (29), durante a seção plenária, seis deputados estaduais anteciparam que votarão em Cidade, novamente, para presidir a Aleam na iminência de nova eleição. Na mesma sessão, Cidade disse que a Casa vai avaliar se promove nova eleição, mas antecipou que está apto a concorrer ao cargo.
Cidade destacou também que houve movimento político. “Quem entrou com essa ação foi o partido Novo, a candidata à vice do Capitão Alberto Neto, foi ela quem entrou com essa ação contra essa casa. É uma ação política, é uma ação que tenta desfazer uma construção desse pleito e queriam me prejudicar se eu fosse para o segundo turno [das eleições municipais 2024]”, disse.
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Quanto à decisão do STF, Cidade afirmou que deverá avaliar os próximos passos em conjunto com sua procuradoria, sem descartar a possibilidade de recurso. “Nós iremos continuar aqui e quem quiser ser candidato em outro cargo também, mas isso é uma decisão interna corporis, é uma decisão da Assembleia. Eu tenho certeza que foi da vontade da maioria e por essa decisão eu posso ser candidato novamente”, destacou.