| KLEITON RENZO, EDITOR DO RDA
A presidente do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM), Yara Lins, admitiu representação interposta pela Secretaria Geral de Controle Externo (SECEX) que solicita a apuração de possíveis desvios de recursos na Secretaria Municipal de Educação (SEMED), em Manaus. A investigação foca em supostos atos ilegais que envolvem a administração da pasta pela irmã do prefeito David Almeida, Dulce Almeida.
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A denúncia levanta suspeitas sobre o uso inadequado de recursos públicos, que estariam sendo direcionados de maneira irregular. Além disso, o processo envolve uma análise detalhada dos documentos e informações fornecidas pelas secretarias municipais, que aguardam agora a avaliação do relator do caso, conselheiro Érico Desterro.
A SECEX argumenta que os atos administrativos da SEMED podem ter prejudicado o bom uso dos recursos públicos destinados à educação, e requer a imediata investigação por parte do TCE-AM.
LAÇOS DE FAMÍLIA
A denúncia ganhou maior relevância devido à implicação de familiares do prefeito de Manaus, sendo que a irmã do chefe do Executivo municipal ocupou posição estratégica como titular da Secretaria de Educação no primeiro governo de David Almeida.
Esse fator ampliou a atenção pública para o caso, levantando questionamentos sobre possíveis conflitos de interesse e a gestão de recursos em uma das pastas mais importantes da administração municipal.
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Em dezembro do ano passado, Dulce Almeida conseguiu evitar dar explicações na Câmara de Manaus sobre os recursos do Fundeb. Vereadores aliados ao prefeito David Almeida derrubaram o requerimento de convocação, que buscava esclarecimentos sobre a gestão dos recursos. A situação gera questionamentos sobre a destinação do aumento de R$ 209 milhões no repasse do fundo e a promessa de pagamento de abonos aos educadores.