Em meio à séria de denúncias sobre contratos, a Folha de São Paulo deu que a Prefeitura de Manaus contratou a Fundação Carlos Chagas, investigada pela Polícia Federal por suspeita de fraude em 14 concursos públicos e pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal por investimentos duvidosos da ordem de R$ 600 milhões, para prestar serviços para a Secretaria Municipal de Educação (Semed).
De acordo com o jornal, o extrato de contrato publicado na edição do Diário Oficial do Município (DOM) da última sexta-feira (13/09) mostra que a Semed informou que o serviço é específico para: “contratação de empresa especializada em Avaliação da Qualidade do Contexto da Educação Infantil, relativo às oportunidades educativo-pedagógicas oferecidas em contextos de creches e pré-escolas para bebês e crianças pequenas na Rede Municipal de Ensino de Manaus”.
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A informação, confirmada pelo secretário interino de Educação, Lourival Praia, é que a fundação vai receber R$ 466.280,80 pelo serviço, com prazo de sete meses, a contar do último dia 13 de agosto deste ano.
Investigada
O jornal destaca que a Fundação Carlos Chagas foi investigada pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal por suspeita do uso de cerca de R$ 650 milhões na compra de créditos de empresas em dificuldades financeiras e em fundos de investimentos geridos pela Diamond Mountain (DMI Group).
Em 2017, a Fundação foi alvo de investigação por parte da Polícia Federal, por fraudes em 14 concursos públicos nacionais aplicados pela entidade. A Operação Afronta II constatou que 47 candidatos se beneficiaram de escutas eletrônicas no momento de realizar as provas.
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Em 2016, a PF deflagrou a primeira operação, em Sorocaba (SP), para apurar uma fraude no concurso público do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, quando, foram indiciados nove membros da organização criminosa, que integravam até o grupo de correção de prova. E doze candidatos, que receberam as questões por meio de equipamentos de ponto eletrônico, foram indiciados.
Na sequência da investigação, a PF pediu à entidade informações acerca de outros certames em que os indivíduos responsáveis por desviar as provas haviam se inscrito. E pediu ainda os gabaritos de respostas de todos os candidatos desses concursos suspeitos, que, uma vez periciados, revelou fraudes em 14 certames e que 47 candidatos haviam participado do crime.